O mercado esportivo brasileiro vive um momento de expansão e amadurecimento que vai muito além das competições e da performance dos atletas. Cada vez mais, o esporte se consolida como um setor estratégico da economia, movimentando recursos, gerando empregos e atraindo investimentos. Dentro desse contexto, a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), criada em 2006, tornou-se um dos principais instrumentos de fomento ao desenvolvimento esportivo e social no país — e também uma porta de entrada para profissionais, empresas e entidades que desejam atuar de forma estruturada e com impacto real.
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A LIE permite que pessoas físicas e jurídicas destinem parte do imposto de renda devido para o financiamento de projetos esportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte. Recentemente, a legislação foi ampliada, passando a permitir que pessoas físicas também apresentem projetos, o que amplia o universo de proponentes e potencializa o alcance da política pública. Esse mecanismo tem transformado a realidade de milhares de iniciativas, fomentando desde o esporte de base e a inclusão social até programas de alto rendimento e projetos de impacto comunitário.
O crescimento é expressivo. Em 2023, foram registrados 5.883 projetos apresentados, um aumento de 93% em relação a 2022. No mesmo ano, a captação de recursos alcançou R$ 948 milhões, segundo o Ministério do Esporte. Esse ritmo continuou em 2024, quando o volume captado ultrapassou R$ 1 bilhão, consolidando a lei como uma das mais relevantes políticas de incentivo à prática esportiva no Brasil.
Além dos números, a Lei de Incentivo ao Esporte demonstra um amadurecimento institucional importante. Em 2024, cerca de 4 mil empresas participaram como doadoras ou patrocinadoras, evidenciando o crescente interesse do setor privado em associar sua marca a projetos esportivos. Embora a maior parte dos recursos ainda se concentre na região Sudeste, observa-se um movimento consistente de descentralização, abrindo espaço para o surgimento de novas iniciativas em diferentes regiões do país. O aumento da captação e da participação empresarial revela uma tendência clara: o esporte deixou de ser apenas uma atividade cultural e recreativa e se consolidou como um ecossistema de oportunidades econômicas, sociais e de marketing.
Esse novo cenário amplia a demanda por profissionais qualificados em diversas frentes. Organizações esportivas, clubes, federações e ONGs precisam de especialistas capazes de elaborar projetos, gerenciar orçamentos, captar recursos e prestar contas de forma técnica e transparente. Já as empresas que desejam investir via incentivo fiscal buscam consultores com domínio das normas e dos processos legais, garantindo segurança jurídica e retorno institucional. Há também espaço crescente para gestores, advogados, contadores e profissionais de comunicação que compreendam o potencial estratégico da LIE — seja na gestão de projetos sociais, no marketing esportivo ou na criação de modelos inovadores que integrem esporte, educação, saúde e tecnologia.
As recentes aprovações que tornam a LIE uma política permanente reforçam a estabilidade e a previsibilidade do setor. Outro avanço importante é a ampliação do percentual de dedução fiscal para empresas tributadas pelo Lucro Real, que passará de 2% para 3% — e poderá chegar a 4% para projetos de inclusão social — a partir de 2028. Esse ambiente mais favorável reforça a importância de formar profissionais aptos a operar nesse sistema, dominando desde a fase de submissão e análise de projetos até as etapas de execução e prestação de contas. O domínio dos mecanismos da lei é um diferencial competitivo que posiciona o profissional não apenas como executor, mas como parceiro estratégico de empresas e entidades esportivas.
Com base nesse panorama, a Trevisan Escola de Negócios oferece o curso “Leis de Incentivo ao Esporte”, totalmente online e ao vivo, com carga horária de 16 horas. O programa foi estruturado para preparar tanto proponentes de projetos quanto empresas patrocinadoras e consultores de mercado, abordando de forma prática os principais pontos da legislação federal, os processos de análise e aprovação de propostas, as fases de acompanhamento e as ferramentas de comunicação com o Ministério do Esporte. Além da parte conceitual, o curso inclui exercícios práticos de elaboração de projetos, proporcionando uma visão completa e aplicável à realidade do mercado.
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